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GLAUCOMA

Quando vemos um objeto, a imagem é transmitida do olho ao cérebro através do nervo óptico. Esse nervo funciona como um cabo elétrico, contendo cerca de um milhão de fios que levam a mensagem visual lateral ou periférica e também a visão central, usada para leitura. O glaucoma pode destruir gradativamente esses "fios elétricos", causando pontos cegos na área de visão. O Glaucoma pode não provocar dor e os portadores dessa doença só percebem sua existência quando os danos são graves e irreversíveis. Se todo o nervo óptico for destruído, irá ocorrer uma cegueira definitiva.

O Glaucoma pode ser: de ângulo aberto, de Ângulo Fechado, Congênito ou Secundário.

 

» Glaucoma de Ângulo Aberto: Em geral, o glaucoma primário de ângulo aberto não apresenta sintomas. O paciente não sente dor e perde lentamente a visão, percebendo a perda quando o nervo óptico já está bastante lesado. Devido à ausência de sintomas, a melhor forma de diagnóstico desse tipo de glaucoma é o exame ocular periódico.

» Glaucoma de Ângulo Fechado: ocorre quando o sistema de drenagem é bloqueado, geralmente, pela íris (a parte colorida do olho) e o líquido não consegue penetrar na rede trabecular para ser drenado. O paciente apresenta dores de forte intensidade na cabeça e no olho, que chegam até a provocar vômitos e redução da visão. A pressão intra-ocular torna-se muito elevada e pode lesar o nervo óptico de forma rápida e agressiva. Este é o quadro de uma crise de glaucoma agudo, uma emergência oftalmológica que, se não tratada rapidamente, leva à perda visual irreversível, parcial ou mesmo total, em questão de horas.

 

» Glaucoma Congênito: é caracterizado pela má formação no sistema de drenagem do humor aquoso que ocorre em recém nascidos e crianças. A criança apresenta lacrimejamento, dificuldade em tolerar a claridade, perda do brilho da região da íris – que passa a aparentar uma coloração mais azulada e opaca - e aumento do volume do globo ocular.

» Glaucoma Secundário: o aumento da pressão intra-ocular ocorre após doenças inflamatórias, catarata avançada, alteração dos pigmentos naturalmente existentes dentro dos olhos, hemorragia e obstrução de vasos intra-oculares. Outra importante causa de glaucoma secundário é o uso de colírios de corticóide por tempo prolongado sem indicação e/ou acompanhamento do médico oftalmologista.

Causas
vários fatores podem ocasionar a doença, um deles é o aumento da pressão intra-ocular. Um líquido claro e transparente chamado humor aquoso, circula dentro do olho continuamente nutrindo as estruturas internas do órgão. Se o sistema de drenagem do olho entope, a pressão intra-ocular aumenta e, com o tempo, pode causar danos
irreversíveis ao nervo óptico. O glaucoma não significa pressão intra-ocular elevada. Muitos portadores da doença podem apresentar a pressão intra-ocular normal nos
exames de rotina e, ainda assim, demonstrarem perda de campo visual.
 
Tratamentos
Há três tipos de tratamento para o glaucoma: uso de colírios, aplicações de laser e cirurgia.
o Uso de Medicamentos (colírios ou comprimidos): é o tipo de tratamento inicial mais frequente. O objetivo é reduzir a pressão intra-ocular, seja pela diminuição da produção do humor aquoso, ou pelo aumento da saída desse líquido do olho. Dessa forma, haverá proteção do nervo óptico e, em consequência, a manutenção da visão do paciente.

Aplicações de Laser: A trabeculoplastia, aumenta a drenagem do humor aquoso, reduzindo a pressão intra-ocular, a exemplo do efeito de alguns colíros. Nesse procedimento, o oftalmologista utiliza o laser para realizar pequenas queimaduras na rede trabecular e estimular o funcionamento do sistema de drenagem. O efeito do laser não é imediato. O médico precisará de pelo menos quatro a seis semanas para obter a redução da pressão intra-ocular. Caso o oftalmologista identifique no paciente o glaucoma pigmentário, com risco ou antecedente de crise aguda de glaucoma, é indicado optar por outro procedimento: a iridotomia com laser. Neste procedimento, cria-se um pequeno orifício na parte mais periférica da íris, que a retifica e permite a livre circulação do humor aquoso da região posterior para a anterior dessa estrutura. O objetivo é evitar novas crises agudas e a dispersão dos pigmentos da íris.

Cirurgia (trabeculectomia): Após a cirurgia, quando a pressão intra-ocular aumenta, o humor aquoso desloca-se para um novo compartimento – parecido com um bolha -, evitando que o nervo óptico seja lesado. Outra alternativa é a ciclofotocoagulação endoscópica com laser, em que é utilizado um equipamento que contém, numa mesma sonda, uma fibra óptica para visibilização das estruturas intra-oculares, uma fonte de iluminação e um laser. Através desses recursos, são feitas queimaduras na região produtora do humor aquoso, o epitélio ciliar secretor, visando diminuir a produção desse líquido.

Fonte: Conselho Brasileiro de Oftalmologia

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