No Dia Mundial do Ceratocone, 10 de novembro, o mundo discute a importância de aumentar a conscientização sobre a doença
Neste 10 de novembro, Dia Mundial do Ceratocone, especialistas inteiro discutem a importância de aumentar a conscientização sobre a doença e comunidades ao redor do mundo se mobilizam para defender aqueles que vivem com a doença.
O alerta é para esta doença incomum com causa desconhecida e que ocorre em cerca de 1 em cada 2.000 pessoas na população em geral. A degeneração do olho ocorre quando a córnea normalmente redonda e em forma de cúpula se torna cada vez mais fina e protuberante.
Isso faz com que ganhe a forma de um cone, que se desenvolve na área onde a córnea é mais fina – geralmente no centro ou inferior. Essa alteração, geralmente leva à visão turva e mudanças frequentes no grau dos óculos e/ou lente de contato.
Geralmente é diagnosticado pela primeira vez em jovens ou durante a adolescência. A ocorrência é nos dois olhos, mas os sintomas podem ser bem diferentes entre eles; são progressivos por um período de cerca de 10 a 20 anos e depois estabilizam gradualmente.
No ceratocone precoce, os pacientes percebem a visão embaçada, geralmente pior à noite. Eles também podem ter fotofobia (sensibilidade à luz) e reclamar de “imagens fantasmas”, listras ou distorções ao redor das luzes. A condição geralmente é indolor, embora possa ocorrer dor e vermelhidão caso uma bolha se desenvolva na córnea (hidropsia). A cicatrização da córnea após uma hidropsia pode causar diminuição da visão.
Diagnóstico e tratamento
O exame oftalmológico completo e um exame da topografia da córnea, que cria um mapa tridimensional digital da superfície da córnea, ajuda a confirmar o diagnóstico.
Casos leves de ceratocone podem ser tratados com óculos ou lentes de contato gelatinosas, mas a maioria dos casos exige lentes de contato rígidas permeáveis a gás (duras) para fornecer a melhor visão. Quando isso não funciona, o procedimento com uso de crosslinking promove o endurecimento do colágeno da córnea, fortalece sua estrutura, evitando a progressão do ceratocone.
É necessário acompanhamento cuidadoso com oftalmologista durante e após qualquer tratamento, para garantir que não haja piora, principalmente em casos com crianças.
Entre 10 a 25% dos pacientes podem apresentar diminuição da visão e cicatrizes graves o suficiente para justificar um procedimento de transplante de córnea.
Fonte: sbop.com.br
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